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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Uma dose de afectos - Resultado final




É com muita satisfação que digo hoje que a iniciativa da turma de EMRC “Correio dos Afectos” foi um enorme sucesso, contando com a participação de toda a comunidade escolar (vários alunos, professores, e mesmo funcionárias).
Apesar de ter havido algumas das habituais mensagens a gozar, a esmagadora maioria escreveu cartas sinceras, de amizade e amor, a todos os elementos do nosso afecto.
A turma com a maior dose de afecto na escola foi o 7º2ª. Já o extremo oposto, não revelaremos.
A turma de EMRC espera que esta iniciativa se mantenha pelo menos no próximo ano lectivo, tentando que isto passe a ser uma tradição da escola.

Páscoa Judaica e Cristã

É do conhecimento geral que a Páscoa celebra a ressurreição de Jesus. Mesmo quem não é cristão sabe-o. Mas, na verdade, a Páscoa já era um dia de festa antes de Jesus surgir. Mas a ressurreição de Jesus acabou por separar a Páscoa cristã e a Páscoa judaica. Mas quais são as diferenças?

Páscoa Judaica

Festa celebrada todos os anos em Jerusalém. É tradição comer o cordeiro pascal. Porquê um cordeiro? Porque, quando os judeus ainda eram escravos dos egípcios, Deus salvou o povo, para lhe dar uma missão, e porque o faraó egípcio queria exterminar a raça.
A Páscoa representa o momento em que Moisés libertou o povo egípcio (Páscoa deriva da palavra passagem).Representa o momento em que, às portas da morte, Deus devolveu a vida ao povo judeu.

Páscoa Cristã

Na Páscoa cristã, é celebrada a ressurreição de cristo, e serve para celebrar os seus últimos passos para nos salvar. Por isso existe a Quarta-feira de cinzas, a Sexta-feira santa, e o Domingo da Páscoa.
A Páscoa simboliza ainda o baptismo, um dos sete sacramentos cristãos, um dos três da iniciação.

Sabia que...

Existe uma teoria que complementa religião e ciência?

Há alguns anos atrás, surgiu uma teoria que permitiu que a religião respondesse às perguntas sem resposta por parte da Ciência. O seu nome é Teoria das Lacunas.
Esta teoria não une as duas vertentes, apenas as usa em conjunto. Como? Pondo Deus como o limite da Ciência. Que quer isto dizer? Pode ser interpretado de duas formas:
• Tudo o que não é explicado pela Ciência, é um fenómeno sobrenatural;
• Quando a Ciência chegar ao seu pico, compreenderemos a mente de Deus (frase de Stephen Hawking, que já referi anteriormente).

Eu falarei apenas do primeiro ponto, pois já expliquei, a um certo nível, o segundo. O que esta teoria defende é que podemos explicar os fenómenos do Universo até um certo ponto, determinado pelo nosso conhecimento científico. Tudo o que não puder ser explicado pela ciência, deve-se a uma acção de Deus, ou seja, Deus preenche as lacunas deixadas pela Ciência. É uma forma simples de tirar pressão dos cientistas acerca de temas que não dominam bem.
Mas esta teoria é muito flexível. Cada vez que há um avanço científico, há um ou mais fenómenos que deixam de ser explicados por Deus, e passam a ser explicados pela Ciência. E, por isso, existem duas ramificações principais dos defensores desta teoria:
• Os que acreditam que vai chegar uma altura em que as lacunas irão desaparecer, e Deus deixará de ser necessário;
• Os que acreditam que, por muitos avanços científicos que existam, haverá sempre lacunas por preencher, e Deus jamais deixará de fazer sentido.

Esta teoria é uma prova clara de como é fácil combinar duas áreas aparentemente conflituosas, com benefícios para ambos os lados: a Ciência ganha espaço de manobra, enquanto a Igreja limpa o seu nome. É assim tão difícil sarar as feridas do passado e construir um futuro mais seguro?

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quaresma

O que é a Quaresma, tempo em que estamos prestes a entrar? A definição mais aceite é: tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É uma altura para nos arrependermos de todos nossos pecados, e de nos mudarmos para que nos possamos aproximar de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias. A contagem começa na Quarta-feira de Cinzas (logo depois do Carnaval), e acaba na Páscoa (Domingo de Ramos).
A cor típica desta época é o roxo, cujo significado é penitência ou luto.
Neste tempo, Cristo convida-nos a mudar a vida. A Quaresma é vista como um caminho que vai dar a Jesus, através de orações e ao ajudar o próximo. É um tempo em que todas as atitudes cristãs ganham um maior significado, e onde o pecado é-nos perdoado.
Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Todos os dias, durante a vida, devemos retirar dos nossos corações o ódio, o rancor e a inveja.

40 dias

Porque dura a Quaresma 40 dias? Porque este é um dos números sagrados da Bíblia (como 3 ou 7). Outras vezes em que este número é usado: os dias em que Jesus esteve no deserto, o número de anos que Moisés guiou o povo judeu pelo deserto e o número de dias do dilúvio.

A Quaresma foi criada no século IV d.C., como tempo de penitência e renovação da Igreja. Naquela altura, era comum uma prática de jejum, e também de abstinência. Ao longo dos anos, a Quaresma foi religiosamente conservada no calendário, mas perdeu várias das suas tradições, mas o espírito de penitência mantém-se.

Sabia que...




A Teoria Final de Física é a essência de Deus?

Pois é. A teoria que os físicos procuram, que explique todos os fenómenos da Natureza, é vista pela maior parte como aquilo que definimos por Deus. Aliás, Stephen Hawking até disse: “Quando descobrirmos a Teoria de Tudo, poderemos ler a mente de Deus”.
Mas vamos aprofundar um pouco mais esta ideia: a Teoria de Tudo, Teoria Final, ou Teoria M (de mistério, ou mística), é a teoria que poderá explicar todos os fenómenos (reacções, gravidade, expansão do Universo, etc.) e todas as constantes (velocidade da luz, massa do protão, neutrão e electrão, forças fundamentais, etc.).
Esta teoria é procurada desde a criação da Física Moderna (meados do século XX), e pode demorar várias décadas a ser construída, se isso alguma vez acontecer. Cientistas reconhecidos, como Einstein, Stephen Hawking e Carl Sagan, incentivaram todos os outros a procurar esta teoria, como uma espécie de “objectivo final” da Física e Química.
No entanto, muitos consideram esta teoria utópica, por várias razões:
• Impõe um objectivo supremo. Se este for alcançado, tudo o resto perde interesse;
• A ciência não deve impor um fim a si mesma, pois vai contra a sua própria definição;
• Esta teoria não será alcançada, pois nunca teremos conhecimento total do Universo.

Mas, apesar de todas essas razões, a Teoria M continua a ser a grande motivação dos físicos de hoje em dia, pois é o símbolo da perfeição (compreensão absoluta).
Para finalizar, realço uma vez mais a frase de Stephen Hawking: se conseguirmos uma compreensão perfeita de tudo o que se passa no Universo, estaremos a olhar para aquilo que as pessoas defendem como Deus. Talvez não aquilo que estivessem à espera (Identidade Divina), mas algo que controla todos os aspectos da nossa vida e do Universo (sobrenatural).

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A Bíblia canta o Amor

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita.
O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento.
Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais cessará. As profecias terão o seu fim, o dom das línguas terminará e a ciência vai ser inútil.
(…)

1Cor, 13, 1-8

Sabia que...

Stephen Hawking não é religioso, mas acredita em Deus?


Pois é. Stephen Hawking, brilhante astrónomo britânico, define-se com agnóstico, ou seja, não aceita nenhuma religião em particular, mas respeita todas.
Este doutor, paralisado desde muito cedo na sua vida (desde 1963), é um exemplo da vitória da força de vontade sobre as limitações da vida. Mesmo com todas as dificuldades inerentes à sua doença (esclerose lateral amiotrófica), nunca deixou de fazer aquilo que gosta (Física), e já deixou uma marca indelével na Astronomia. Galardoado com inúmeros prémios, Stephen Hawking é hoje em dia uma inspiração para todos os aspirantes a cientistas.
Mas voltando ao tema da religião, vemos que Stephen Hawking usa nos seus livros a palavra “Deus” com uma ligeireza que chega a parecer perturbante. Um dos seus livros mais famosos, se não mesmo o mais famoso, é escrito todo à volta do “Criador do Universo” e os seus processos. Falo d’ “O Grande Desígnio (The Grand Design, na versão original), um livro em que Deus é presença assídua.
Stephen Hawking, tal como muitos físicos e astrónomos, é da opinião que o Universo e a Terra são demasiado certos para nós, demasiado perfeitos, para que tenham sido criados a partir do nada. Diz que, à medida que avançamos na Ciência, aproximamo-nos de Deus.
E aí está. Tal como já tinha referido Lemaître e Einstein, aqui liguei mais uma grande figura da Ciência à religião. Mais uma vez, defendo a minha opinião de que a religião e a Ciência estão indissociavelmente ligadas.

A Causa dos Afectos

Ponha aqui o seu afecto
Neste dia especial
Da sua comemoração
Ser amigo, ajudar,
O ambiente preservar
É sempre uma boa acção!

Ponha aqui o seu afecto
Vamos lá fazer um esforço
Sermos todos simpatia
Às vezes basta sorrir
Os outros saber ouvir
E gritarmos um “BOM DIA”!

Ponha aqui o seu afecto
Nesta rolha ou no papel,
Que vão p’ra reciclar.
Estás sozinho mas vais ter
– Tenho tempo, podes crer–
Alguém para conversar.

Ponha aqui o seu afecto
Devagar, devagarinho,
P’ra alegria conquistar…
Eu tenho uma carta escrita
Para ti, cara bonita,
Vamos lá todos cantar!

Esta carta é importante
Tem um texto bem sonante
Ninguém pode deixar de a ler…
É sobre a Causa dos Afectos.
Serão nossos predilectos,
Se aprendermos a VIVER!

História de São Valentim

São Valentim é um santo do cristianismo, mas algumas igrejas orientais também o aceitam como tal. Dá o nome ao Dia dos Namorados em vários países espalhados por todo o Mundo, incluindo o nosso. Mas São Valentim era, na verdade, um santo martirizado na Roma Antiga.
No século II d.C., o imperador romano Cláudio proibiu o casamento de jovens, com o objectivo de conseguir recrutar mais jovens para o exército. A lógica do imperador era quer, sem família, os jovens não teriam razão para recusar alistarem-se no exército, e iriam aderir mais facilmente.
Mas houve um bispo romano que decidiu desobedecer às ordens do imperador, e, em segredo, casou vários jovens. No entanto, ao fim de algum tempo, foi apanhado, e preso, com sentença de morte.
Durante o tempo em que esteve na prisão, muitos jovens, como forma de agradecimento, lançavam bilhetes e flores para a cela de Valentim, com a mensagem que os jovens ainda acreditavam no amor. Uma das pessoas que fez isso era cega, de nome Astérias, que era filha do carcereiro de Valentim, e que conseguiu convencer este a visitá-lo. Valentim e Astérias apaixonaram-se, e, eventualmente, sob a obra de um milagre, a jovem conseguiu ultrapassar a cegueira.
A prática de escrever no final de uma carta “do teu Valentim”, ou uma expressão semelhante, deve-se às cartas que Valentim escrevia a Astérias, que acabavam dessa maneira.
São Valentim acabou por ser decapitado a 14 de Fevereiro de 270, e daí o Dia dos Namorados ser celebrado, todos os anos, a 14 de Fevereiro.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Uma dose de Afectos

Ao longo da próxima semana(9 a 14 de Fevereiro) toda a comunidade escolar é convidada a deixar nas caixas do "Correio dos Afectos", espalhadas pela escola, uma mensagem dirigida ao amigo(a), namorado(a), colega, professor(a)ou funcionário(a). As mensagens irão ser distribuídas pelos carteiros dos afectos no dia 14.

Aproveitem a melhor parte da vida: os AFECTOS.

"A vida é muito curta. Comecem pela sobremesa" - Carl Sagan

"Uma dose de afectos por dia, recarrega a alegria" - Autor anónimo

Sabia que...

A teoria do Big Bang foi criada por um padre. É verdade! Georges Lemaître, criador da teoria mais aceite para explicar a origem do Universo, era na verdade padre católico.
Este é um dos muitos factos que, ao longo da história, têm ligado a religião e a ciência. Este padre belga, grande amigo de Einstein (também ele religioso), nunca escondeu a sua paixão pela astronomia e pelas questões profundas sobre a origem e razão do Universo.
Lemaître foi um dos pioneiros da ideia de o Universo não ser estático, o que também demonstra que ele teve coragem de colocar em risco a sua reputação em prol da ciência. A ideia de que o Universo não se alterava era aceite por toda a gente, e qualquer teoria que dissesse o contrário era repudiada. No entanto, com a ajuda de outros astrónomos, Lemaître conseguiu provar que o Universo tinha sido, anteriormente, muito pequeno (desenvolvido por George Gamow, escocês, e comprovado por fórmulas de Hubble e satélite homólogo, americanos).
Esta curiosidade contrasta com a ideia formada de que a Igreja é contra o progresso da Ciência, o que tem danificado gravemente a imagem da Igreja. Ao longo das próximas semanas, tratarei de encontrar mais factos que relacionem estas duas áreas.