Um cérebro humano comum tem cerca de 1000 milhões de neurónios, mas usamos apenas 10%, sou seja, mais ou menos 100 milhões. Considerando que cada combinação de neurónios corresponde a um pensamento, o número total de pensamentos será 100 000 000! (o símbolo ! significa factorial, que corresponde a uma multiplicação de todos os números desde 1 até n, ou seja, 1*2*3*4*…*n, sendo n, neste caso, 100 milhões). Este, como devem imaginar, é um número absurdamente grande. Mas será que podemos dizer que é, efectivamente, o limite do pensamento humano?
Para comparar, imagine-se uma auto-estrada cujo limite de velocidade é 5000 Km/h. O carro mais rápido registado até hoje conseguiu “apenas” chegar aos 1500 Km/h. Por isso, não podemos dizer que 5000 km/h é o limite, pois o verdadeiro limite será o máximo que cada carro aguentar.
Cada um de nós, tal como o carro, não tem como limite o máximo de pensamentos possível segundo a fórmula acima descrita, pois ninguém consegue pensar tudo isso. Tal como os carros, cada pessoa tem o seu próprio limite, determinado pelas nossas restrições educativas, ambientais e sociais. Por isso, apesar de sabermos que o número de pensamentos possível é limitado, nunca saberemos qual é o nosso verdadeiro limite, dando uma certa liberdade à nossa maneira de pensar.
